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Rio Capibaribe: A nova praia do Recife?

A proposta de arquitetos é levar pessoas a aproveitarem o espaço, como ocorre em cidades da Europa. Já pensou em colocar sua roupa de banho, pegar cadeira, guarda-sol e toalha e sair para curtir um dia de “Praia” às margens do Rio Capibaribe?
Rio Capibaribe
A proposta parece surreal, mas é exatamente para isso que um grupo de arquitetos, ambientalistas e cineastas vem trabalhando há quatro anos no projeto “Eu quero nadar no Capibaribe. E você?”

Preocupados em promover e divulgar ações que retratem atitudes de pessoas que querem ter um rio mais limpo, eles agora esperam que o projeto ganhe ainda mais fôlego após o anúncio de recursos, feito nesta semana, para realização do projeto de navegabilidade do Capibaribe, que deve ser realizado pelo governo do estado.

A ideia de querer nadar no Capibaribe foi inicialmente defendida pelo arquiteto suíço Julien Ineichen, fundador do projeto. Quando veio morar no Recife, em 2007, ele percebeu que as pessoas não tinham acesso aos rios por causa da elevada poluição das águas. “Achei curioso por ser um país tropical e não haver gente usando os rios para seu lazer.”, relata o suíco e reforça também o fato de que na suíça é comum os moradores das cidades usarem os rios e lagos no verão para o lazer, banhos e esportes. “A diferença é que na maioria das cidades isso só existe dois meses por ano. Aqui, faz sol e calor o ano inteiro e temos os rios, só não temos a água limpa”,pontuou.

São promovidos eventos chamados “Praias” nos quais as pessoas se reúnem na beira do rio, em locais pré-determinados da cidade, para aproveitarem o dia como se estivessem numa praia de mar. O último aconteceu na sexta-feira(27/04), no Derby. “Esses exmplos são capazes de estimular as outras pessoas a fazerem igual. Também acredito que elas ficarão mais animadas a cuidar melhor do rio quando for implantado o projeto de navegabilidade do governo”, apostou.

Para o arquiteto, paisagista e professor da UFPE Luiz Vieira, os rios e canais podem se tornar espa;cos e convivência social se passarem por processos de reurbanização. “Na década de 50, as pessoas nadavam no Capibaribe, na altura da Rua da Aurora. Mas aí a cidade foi crescendo sem saneamente e os dejetos começaram a ser lançados no rio, que hoje está completamente poluído”, obeservou.
(por Ana Cláudia Dolores do Diário de PE).

Para mais informações sobre o projeto e atividades acesse: Capibaribe.info.

Veja o vídeo sobre o projeto:

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