Aneel autoriza um aumento de 5,41% na tarifa de energia elétrica e atinge 3,2 milhões de clientes no estado.
O consumidor poderia pagar menos, caso a carga tributária não pesasse tanto. Somados os tributos PIS, Cofins, ICMS e encargos setoriais – com os custos de energia e de transmição, o total chega a 70% da conta final.
A Celpe pleiteou um aumento de 5,61% à Aneel, mas a agência reguladora autorizou um pouco abaixo do que foi pedido. Para os clientes residenciais, o KWh(quilowatt-hora) saltou de R$ 0,49 para R$ 0,51. Ou seja, para cada 100 KWh consumidos, será desembolsado R$ 2 a mais sobre o custo anterior.
Segundo Romeu Donizete, diretor da Aneel e relator do processo de reajuste, a diferença entre os percentuais se deve aos valores considerados pela distribuidora para encargos setoriais, cerca de R$ 20 milhões a mais, e para subsídios da tarifa social no valor de R$ 2,4 milhões.
O percentual ficou muito próximo do IPCA(Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que subiu 5,24% entre abril de 2011 a março de 2012.
Outro índice considerado no reajuste foi o IGP-M(Índice Geral de Preços do Mercado), que variou 3,23% no período. Mas o maior peso do reajuste, segundo Donizete, foi o aumento de 16,40% dos gastos com compra de energia nova.
A tarifa da Termopernambuco, que pertence ao mesmo grupo da Celpe(Neoenergia) e responde por 26% dos contratos, também foi reajustado em 6,4%. Por outro lado, a redução de Combustíveis Fósseis(CCC), que caiu cerca de 50% em relação a 2011, evitou um reajuste maior.