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RECEITA: Escondidinho de Charque com Macaxeira

Escondidinho de Charque é um prato de culinária típica nordestina, com raízes pernambucanas. É feito com carne-de-sol, charque ou carne-seca, ou frango desfiado, coberto com purê de macaxeira (aipim ou mandioca) e gratinada com queijo coalho. A manteiga de garrafa dá o toque final.

Veja em apenas 6 passos como preparar essa deliciosa receita!

Ingredientes
– 1 kg de macaxeira cozida
– 500 g de charque desfiada
– 200 g de queijo muçarela fatiado
– 1 vidro de leite de coco (200ml)
– 3 xícaras (de chá) de leite
– 1 colher de manteiga
– 1/2 cebola picadinha

Modo de Preparo

Passo 1:
Descasque a macaxeira, corte-a em pedaços para facilitar o seu cozimento, coloque em uma panela e cubra com água e sal.

Passo 2:
Deixe cozinhar por aproximadamente 2 horas para que fique bem solta e mole, se preferir use a panela de pressão, aí ela cozinha por uns 30 minutos. Depois escorra a água e quando estiver morna, bata aos poucos no liquidificador com o leite e o leite de coco. Dá para amassar com um garfo e ir incorporando o leite. Reserve.

Dica:
Para dessalgar a charque (carne seca), o bom é deixar ela de molho em água de um dia para o outro, trocando a água umas 3 vezes.

Passo 3:
No dia seguinte, coloque a carne na pressão cubra com água e deixe cozinhar por mais ou menos 30 minutos, se estiver macia, escorra a água, deixe esfriar e desfie.

Passo 4:
Frite a cebola na manteiga, crescente a carne desfiada e dê uma refogada.

Passo 5:
Em um refratário coloque uma parte do purê e depois a charque deixando a massa toda coberta por ela.

Passo 6:
Cubra com o resto da massa e em seguida coloque as fatias de queijo muçarela sobre todo o escondidinho. Leve ao forno para gratinar.

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BOLO DE ROLO, TRADIÇÃO DE PERNAMBUCO!

BOLO DE ROLO
O bolo de rolo é uma das mais generosas tradições de Pernambuco, é uma delícia que passa de mesa em mesa há mais de 300 anos, e merece reverência. Por isso é preciso cuidado com afirmações apressadas sugerindo que sua receita deriva do rocambole.
A tese não se sustenta:
(1) o rocambole chegou no Brasil(séc. XIX) muito depois do bolo de rolo(séc. XVII);
(2) o preparo é bem diferente entre os dois;
(3) quanto à massa, o rocambole se faz como pão de ló, enquanto que o bolo de rolo segue o “colchão de noiva” (receita originária de Tavira, distrito de Faro, região do Algarve, Portugal) um dos primeiros bolos feitos “enrolando” uma massa recheada;
(4) e, sobretudo, na maneira desse enrolar, pois “no bolo de rolo vão quatro lâminas de massa” enquanto que “no rocambole, apenas uma” – como bem disse, na revista Gosto (nº3), o jornalista J. A. Dias Lopes (livro A Canja do Imperador).

Em Portugal e demais países de língua portuguesa, esse tipo de bolo mais comumente recebe o nome de “torta” – com destaque, entre elas, para as “de laranja”, “de segredos” e “de claras”. Faltando apenas dizer que esse mesmo rocambole, não se sabe por que, batizou também uma espécie de alho de bulbo vermelho conhecido como “alho de Espanha”. Tudo lembrando as palavras do Mestre em Ciências Jurídicas Marcos Vilaça, pernambucano, ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, “o bolo de rolo nada tem de rocambole”.

Se o bolo de rolo fosse inspirado no rocambole, teria inevitavelmente usado a receita do pão de ló, e reproduzido, até hoje, sem nenhuma variação. No entanto, nosso bolo de rolo já se encontrava, por aqui, bem antes de nossa cultura sofrer as interferências do francesismo.

É que, nesse tempo, “as tradições portuguesas de bolo e de doce tinham se instalado tão bem nos fornos das casas-grandes de engenho e de alguns conventos de freiras, que a influência francesa só as atingiria de maneira mais viva no século XIX, quando os confeiteiros franceses começaram a se tornar chiques na Corte e no Recife”, ensina Gilberto Freyre(em “Açúcar”). E tudo só depois da chegada da família real, em 1808.

O bolo de rolo é uma encomenda cada vez mais requisitada, tornando-se o bolo mais famoso de Pernambuco. Tendo sido consagrado como um patrimônio cultural e imaterial do estado (Lei Ordinária nº 379/2007), figura facilmente no estado, presente em supermercados, docerias, cafeterias, delicatessens, padarias, bares, botecos, quiosques, lanchonetes, etc. O sabor cai bem a qualquer hora. Quanto mais fininha é a massa, mais gostoso é o bolo de rolo e mais habilidoso o confeiteiro.
(Por Klleber Williams)

Veja a receita de Bolo de Rolo recheado com Goiabada:
Massa:
• 7 ovos;
• glaçúcar suficiente para polvilhar;
• 1½ xícara (chá) de manteiga ou margarina sem sal;
• 3 xícaras (chá) de farinha de trigo;
• 2 xícaras (chá) de açúcar;
• Cerca de 12g de pó de Matchá ou a gosto;
Recheio:
• 1 xícara (chá) de vinho branco;
• 500 g de goiabada;
• ou ganache de chocolate a gosto;

Preparo:
Bata o açúcar e a manteiga ou margarina até obter um creme claro.
Junte os ovos, um a um, batendo sempre após cada adição.
Adicione a farinha peneirada e o matchá e misture delicadamente com um fouet.
Divida a massa por 5 formas untadas, espalhando a massa com uma espátula.
A espessura da massa deve ser suficiente apenas para cobrir o fundo da fôrma
Asse uma forma por vez no forno preaquecido a 250oC, sem deixar corar por cerca de 5 minutos.
Desenforme sobre um pano úmido e polvilhado com açúcar.
Cubra com uma camada fina de *goiabada e enrole.
Desenforme a 2ª massa como a primeira, cubra com outra camada de goiabada, e enrole com a 1ª massa enrolada, dentro.
Repita a operação com as massas restantes, transformando o rolinho inicial num rolo grosso.
Deixe esfriar completamente, enrolado no pano e bem apertado para que o rolo final fique perfeito.
Polvilhe com o glaçúcar e sirva cortando em fatias finas de 0,5 cm.
*Recheio de goiabada: Pique a goiabada, junte o vinho e leve ao fogo, mexendo sempre, até obter uma pasta rala. Deixe esfriar e utilize.